Uma lesão narcisista ocorre quando os narcisistas reagem negativamente a críticas ou julgamentos percebidos ou reais, limites impostos a eles e/ou tentativas de responsabilizá-los por comportamento prejudicial.
Também ocorre quando uma pessoa não cede aos insaciáveis caprichos de um narcisista por admiração, privilégios especiais e elogios.
A “lesão” é frequentemente seguida pela perda de controle do narcisista sobre sua estabilidade emocional e uma subsequente explosão de respostas vingativas passivas ou abertamente agressivas.
Esses surtos são referidos como desregulação emocional, pois a reação emocional do narcisista muitas vezes está além de seu controle.
A perda de controle emocional e a necessidade de punir uma pessoa “ofensiva” tem a ver com a vergonha e os níveis generalizados de solidão patológica do narcisista, sobre os quais ele frequentemente está em negação ou alheio.
Essa forma de amnésia protetora evita colapsos pessoais (desregulação emocional) pelos processos psicológicos conhecidos como mecanismos de defesa.
Tais mecanismos incluem: negação, deslocamento, fantasia, projeção, racionalização, formação reativa, regressão, repressão, sublimação e supressão.
A ativação ou ressurgimento do trauma se manifesta como sentimentos de perigo, insegurança e desconforto extremo, que então desencadeiam uma cascata de respostas emocionais raivosas, como ódio, ressentimento e/ou repulsa pelo indivíduo “perpetrador”.
As lesões narcísicas são quase sempre projeções, que é o desvio do auto-ódio inconsciente do narcisista para qualquer pessoa que ele considere ameaçadora.
Sentir-se “ruim”, “inútil” e/ou “nunca bom o suficiente”, como quando criança, simplesmente não é uma opção para uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista.
Em outras palavras, a projeção desvia a percepção do ódio de si mesmo e da vergonha central, transferindo o autojulgamento e a condenação para a pessoa que está ativando ou “ferindo”.